Com nossos estilos de vida bem modificados, o corpo tem deixado, cada vez mais, de estar preparado para situações inusitadas, adversas e, principalmente, exigentes com relação à nossa resistência e força.
Se antigamente atividades como correr, andar, pular, saltar, agachar, rastejar e rolar eram super comuns, hoje, nossa movimentação tem se restringido bastante a ficar sentado durante horas em frente ao computador ou video game/televisão, sentado no trabalho no mínimo 8h ou, simplesmente, parado.
Na dança, tantos para os profissionais quanto para quem não vive exclusivamente da arte, é bem complicado encontrar o equilíbrio entre a forte carga exigida por ela e o estilo de vida disfuncional criado por nós mesmos. Como começar uma aula com tantas repetições de passos, alguns com forte impacto no quadril, como grand battements, se há 30 minutos você esteve sentada trabalhando o dia inteiro, deixando seu corpo praticamente inerte?
Por isso, tentar, ao máximo, cuidar do corpo, fortalecendo-o e deixando-o resistente, é fundamental para que dançar seja cada vez mais prazeroso e menos sofrido, frustrante e lesivo.
Em todas as dicas, sempre destaco a importância de se variar os exercícios, pois realizar exercícios diferentes é um treinamento positivo para o corpo se adequar aos improvisos e incertezas. Mas nesse post, ressaltarei como um conjunto de ações simples e organizadas podem trabalhar praticamente o corpo todo.
Agachar, deslocar e alternar peso de braços fortalece escápulas, costas, glúteos, pernas e core, além de atuar na mobilidade de tronco e de quadril, tão importante na dança. Não, não precisa repetir mil vezes o mesmo exercício. Lembre-se: alterne. Faça poucas execuções desse, troque para outro, faça mais outro e repita depois o que gostar.
Então, fortaleça seu corpo. Deixe ele se movimentar mais. Tente buscar momentos no dia para focar e trabalhar nele. 😉
Dica do exercício por Diego Machado: fisioterapeuta e fomentador da prática de movimentação natural
*Texto publicado originalmente no blog bemdanca.com